Durante feriados prolongados, fila não é uma exclusividade só de quem está na estrada.
Ao longo do caminho para a praia, há fila para entrar no banheiro, para achar lugar no balcão, para pagar a conta, para abastecer o carro, sacar dinheiro.
"Em feriado, não tem descanso. Trabalhamos muito", resume Josias de Oliveira, gerente
do Frango Assado, primeiro restaurante da Imigrantes na descida ao
litoral. "Os produtos acabam rápido, tenho de ficar atento para não
deixar as prateleiras vazias", diz o gerente, que interrompe a
entrevista para ouvir queixas de um cliente na fila do caixa.
O volume de consumidores dobra em relação aos dias normais e
bate em 3.000. A entrada tem de ser controlada e a fila de carros pode
chegar à margem da rodovia.
Mas toda essa cena não desanima os turistas. "Vale pegar trânsito,
vale a praia cheia, vale tudo", diz a psicóloga Edylene Carvalho, 45,
enquanto saboreava, em novembro, um lanche com a família. Moradora da
zona norte paulistana, ela seguia para Mongaguá, onde tem casa.